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Jornal «Blitz» de 21 de Julho de 1998 | |||||||||||||||||
Segundo, porque utiliza uma forma publicitária que não pode ser levada sério, com risco de cairmos num paradoxo atroz: «tudo o que precisa saber sobre a lntemet» não é coisa que um livro possa fazer. É preciso, exactamente, lá «estar» para saber tudo (ou quase tudo, para os mais modestos).
Diga-se, porém, que o carbono é um dos interfaces privilegiados para o ensino da Net. Que seria de nós sem a «bOING bOING» ou a «Wired»?
«Estar na Internet» é, fundamentalmente, um livro técnico, quase escrito por fichas que respondem a questões muito específicas. O que é e para que serve, antecedem capítulos sobre o acesso, jogos, telnet, ftp, WWW, etc. Na parte final, o livro aborda um conjunto de questões sociais, onde o autor arrisca mesmo uma tipificação dos vários utilizadores da Internet.
O sexo é hoje a primeira razão por que se acede à Internet (seria interessante saber quanto tempo ligam os que dizem «sexo!» e o tempo gasto pelos que dizem «bem, enfim, de vez em quando») refere Manuel Lemos. Já agora porque é que as pessoas saem? Porque é que ficam «grudadas» ao «Big Show SIC»? Porque é que... respiram?
:D
«(...) não é possível determinar exactamente que tipo de pessoas são as que demonstram interesse por páginas relacionadas com sexo. Portanto, não é possível determinar se estas pessoas têm algum tipo de obsessão ou se são apenas utilizadores que seguem os seus instintos». Lindo serviço! O melhor era ficar pelos pormenores técnicos, aspecto no qual o livro se revela consistente.
Azrael Beeblebrox in Jornal «Blitz» de 21 de Julho de 1998.